Ficar longe da pessoa amada incomoda.
Quando a saudade é muito grande sentimos como se faltasse algo em nós. Então nos sentimos anciosos, as vezes choramos, a insegurança cresce por medo de perder a pessoa, aparecem perturbações no sono e em casos mais graves a maldita depressão.
Todos estes sentimentos desencadeiam coisas físicas nada confortáveis.
Essas reações intrigaram cientistas que estão desenvolvendo pesquisas com a intenção de identificar os mecanismos neuroquímicos por trás desses efeitos psicológicos, quando a pessoa amada esta longe. Não importa quantos quilometros.
Os efeitos de se afastar sem querer e sim por algo de quem se ama lembra se em alguns aspectos, a abstinência de drogas. segundo a opinião do neurocientista comportamental Larry Young, do
Centro de Pesquisas Nacionais em Primatas da Universidade de Emory
e co-autor do estudo.
Em um teste feito com a separação de casais por um período de uma semana até 3 meses pela a psicóloga social Lisa Diamond, da Universidade de Utah, observou sintomas leves de abstinência, como irritabilidade e perturbações do sono, aumento no nível de cortisol. Os voluntários que relataram maior ansiedade apresentaram picos nos níveis de cortisol. Mesmo os que apresentaram baixos índices de stress tiveram, em algum grau, níveis mais altos de cortisol e desconforto físico no período de afastamento, em comparação a quando estavam com seus amores um pertinho do outro. Esses resultados indicam uma ligação específica entre separação e aumento do cortisol, e da norodrenalina um neurotransmissor cerebral.
Estudos ainda mostram que o laço existente entre casais apaixonados evolui com base na ligação entre pais e filhos e o afastamento pela distancia é o obrigatório de alguma forma, nos remete a sentimentos antigos de rejeição, vividos nos primórdios da infância. Embora a maioria dos adultos não se recorde disso, quando nossos pais se afastavam, a criança em si criava um medo inconsciente como a possibilidade de perdê-los, então vinha uma insegurança extrema juntamente com a angústia. Que somente ia embora quando pai ou mãe apareciam.
As mesmas substâncias neuroquímicas – oxitocina, vasopressina e dopamina – têm sido associadas a ambos os relacionamentos. "As relações românticas adultas e os relacionamentos entre pais e filhos são fundamentalmente diferentes, mas ambas apresentam a mesma proposta funcional: criar um direcionamento psicológico para o outro, querer cuidar de alguém e resistir a separação".
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